Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/44502
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dc.contributor.authorBebiano, Adriana-
dc.date.accessioned2018-11-07T12:02:39Z
dc.date.accessioned2020-10-05T00:48:37Z-
dc.date.available2018-11-07T12:02:39Z
dc.date.available2020-10-05T00:48:37Z-
dc.date.issued2005-
dc.identifier.issn0870-4147-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316.2/44502-
dc.description.abstractA representação da história na ficção levanta questões políticas e éticas importantes. Embora o romancista usufrua de uma liberdade poética que ao historiador não assiste, a (re)configu- ração ficcional dos eventos históricos é ainda uma leitura da história e contribui para a (construção da) memória colectiva, pelo que não está isenta de responsabilidades na sua relação com a “verdade histórica”. Nas narrativas de eventos violentos - por exemplo, a construção dos impérios - o problema toma-se mais premente. Se, de acordo com Benjamin, “todo o documento de civilização é, simultaneamente, um documento de barbárie”, os dois lados do espelho terão, de alguma forma, de ser tratados no romance. No romance histórico português contemporâneo pode verificar-se (ainda) a centralidade da Expansão no imaginário nacional. Depois do “fim do império” a Expansão tem vindo a ser revisitada e reescrita em moldes diversos dos anteriores a 1974, mais consentâneos com os valores politicamente correctos da nossa contemporaneidade. No entanto, regista-se com frequência a persistência de uma narrativa da expansão portuguesa enquanto “encontro de culturas”, que tende a obliterar a Alteridade e as relações de poder em presença. A “história do ódio” - também ela parte incontornável da história - tende a ser suprimida, contribuindo assim para o silenciamento do sofrimento das vítimas. Neste texto são abordados dois romances recentes enquanto exemplos de reconfigurações estética e politicamente opostas de um passado comum, com particular enfoque nas formas encontradas para a representação do sofrimento das personagens e na construção das subjectividades.por
dc.description.abstractFictional representation of history raises important political and ethical issues. If it is, indeed, a reconfiguration and, as such, enjoys a degree of freedom, its responsibility towards historical events cannot be avoided. The problem is more acute when the narrated events involve suffering and violence, as in the case of Empire Building. If we agree with Benjamin that “there is no document of civilization which is not at the same time a document of barbarism” it follows that barbarism should be included in any responsible narrative, even if a fictional one. After the end of the Portuguese Empire in the 1970’s Portuguese history has been revisited and rewritten both in historiography and in fiction. The shifts in the narratives, however, tend to preserve the idea of Portuguese expansion as a “meeting of cultures”, thus eliding. Otherness, power relationships and the suffering of the victims. The “history of hate” needs to be addressed - and it is as well in other fictional accounts. This essay deals with two recent novels that offer quite opposite approaches to a common history. It focuses on the figuration of the body in pain on the building of subjectivities.eng
dc.language.isopor-
dc.publisherInstituto de História Económica e Social-
dc.publisherImprensa da Universidade de Coimbra-
dc.rightsopen access-
dc.titleO espelho que sangra: representações ficcionais da históriapor
dc.typearticle-
uc.publication.collectionRevista Portuguesa de História nº 37-
uc.publication.firstPage255-
uc.publication.issue37-
uc.publication.lastPage280-
uc.publication.locationCoimbra-
uc.publication.journalTitleRevista Portuguesa de História-
dc.identifier.doi10.14195/0870-4147_37_10-
uc.publication.orderno11-
uc.publication.areaArtes e Humanidades-
uc.publication.manifesthttps://dl.uc.pt/json/iiif/10316.2/44502/269639/manifest?manifest=/json/iiif/10316.2/44502/269639/manifest-
uc.publication.thumbnailhttps://dl.uc.pt/retrieve/12156264-
item.fulltextWith Fulltext-
item.grantfulltextopen-
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