Organizacão social e consumo: práticas e lugares de consumo: o tempo livre e o lazer

Abstract

Hoje, as manifestações individuais são entendidas como modos de identidade social e tornaram-se factos centrais para a organização da sociedade. Promovendo os estilos de vida das pessoas, sustentam as práticas e os consumos de tempos e de lugares. Estes transformam-se na expressão da integração ou da exclusão social e têm vindo a ganhar significado numa sociedade que apresenta como leitmotivs a circulação de pessoas e de informação e a imagem e a sua difusão. O atraso no acesso aos bens duráveis de grande consumo, fez com que o consumo em massa e o consumo individualista surgissem como uma só realidade aos portugueses: a da liberdade de escolha, embora com diferentes níveis de adopção suscitada pela relação das pessoas com os filtros sócio-económicos e culturais e com o espaço. Na realidade, tudo isto sucede sem que antes se tivesse apreendido uma cultura de utilização do tempo livre, das novas mobilidades espaciais e sociais, sem compreender o que o mercado realmente oferecia.

Aujourd'hui, les manifestations individuelles sont perçues comme des manières d'identité sociale et sont devenues des faits centraux pour l'organisation de la société. En promouvant les styles de vie des personnes, ils soutiennent les pratiques et les consommations de temps et de places. Ceux-ci se transforment en l'expression de l'intégration ou de l'exclusion sociale et gagnent de la signification dans une société qui présente comme leitmotivs la circulation de personnes et d'informations et l'image et sa diffusion. Le retard dans l'accès aux biens durables de grande consommation a fait avec consommation de masse et la consommation individualiste apparaître comme une seule réalité pour les Portugais: celle de la liberté de choix, bien qu’avec de différents niveaux d'adoption suscitée par la relation des personnes avec les filtres sócio-économiques et culturels et avec l'espace. Dans la réalité, tout cela arrive sans l'appréhension d'une culture d'utilisation du temps libre, des nouvelles mobilités spatiales et sociales, sans la compréhension de ce que le marché vraiment offrait.

Today, individual actions are understood as forms of social identity and had become central facts in social organization. Promoting the life styles of the people, they support practics and the consumptions of times and places. These are transformed into the expression of the integration or of the social exclusion and have come to gain meaning in a society that presents as leitmotivs the circulation of people and information and the image and its diffusion. The delay in the access to the durable goods of great consumption, made that the mass consumption and the individualistic one appeared as a joint reality to the Portuguese: that of the freedom of choice, even so with different levels of adoption depending of the relation of the people with the socio-economic and cultural filters and with the space. In reality, this occurs without a culture of use of the free time, of new space and social mobilities had been apprehended; without having understood what the market really offered.