Electronic literature as paratextual construction

Abstract

A discussão que aqui se apresenta tem como objetivo refletir acerca do modo como a literatura eletrónica e os campos a ela filiados ou relacionados se autodescrevem paratextualmente. Argumentarei que a construção social da ‘literatura eletrónica’ é dominada pela sua autodescrição sistémica. A construção paratextual trabalha com a atribuição do nome de género ‘literatura eletrónica’ e descrições discursivas ou reflexões sobre fenómenos da prática artística e foi institucionalizada em grande medida pela Electronic Literature Organization. O argumento é desenvolvido observando práticas paratextuais em narrativas fundadoras, arquivos e coleções relacionadas com a ELO. Esta perspectiva é contextualizada examinando as autodescrições na pré-história da e-lit dentro do programa artístico de experimentação poiética.

The following discussion aims to reflect on how electronic literature and affiliated or related fields describe themselves paratextually. I will argue that the social construction of ‘electronic literature’ is dominated by its systemic self-description. The paratextual construction basically works with the ascription of the genre name ‘electronic literature’ and discursive descriptions or reflections to phenomena of artistic practice and has been institutionalized in no small part by the Electronic Literature Organization. The argument is developed by observing paratextual practices in founding narratives, archives and collections related to the ELO. This perspective is contextualized by looking at self-descriptions in the pre-history of e-lit within the artistic program of poietic experimentation.