Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/89431
Title: Nomos e physis em Antígonas portuguesas do período da ditadura
Other Titles: Nomos and physis in Portuguese Antigones during dictatorship
Authors: Morais, Carlos
Keywords: Nomos-physis;Sophocles;Portuguese Antigones;dictatorship;twentieth century;Nomos-physis;Sófocles;Antígonas portuguesas;ditadura;século XX
Issue Date: 2019
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Abstract: At the origin of the conflict between Antigone and Creon in Sophocles’ Antigone (maxime 450-470) are the different criteria of justice, as Aristotle points out in Book I of his Rhetoric (1372b 1 sqq.). Antigone opposes Creon’s written, particular and changeable law that he has instituted, with the unwritten, universal and eternal law, which is in accordance with nature (kata physin) and which no one knows when it appeared. Even if it was forbidden to bury Polynices by decree, it was fair to do so, because, in the opinion of Oedipus’ daughter, this was a matter of natural justice to which he had a right. With this challenging action, which incessantly questions Creon’s coercive powers, based on particular laws that call into question universal and natural values, the young heroine has become a model for contestation against any and all displays of absolute power. Based on this exemplum, we propose to study the different ways in which three Portuguese authors (António Sérgio, Júlio Dantas and António Pedro) actualised this debate (nomos-physis) and this conflict (Creon-Antigone), adapting them to the socio-political context of the second and third quarters of the 20th century, in Portugal, which was dominated by a long dictatorship.
Na origem do conflito protagonizado por Antígona e Creonte na Antígona de Sófocles (maxime 450-470), estão diferentes critérios de justiça, como refere Aristóteles, no livro I da Retórica (1372b 1 sqq.). À lei escrita, particular e mutável, instituída por Creonte, contrapõe Antígona a lei não escrita, universal e eterna, que está de acordo com a natureza (kata physin) e que ninguém sabe quando apareceu. Ainda que por decreto fosse proibido enterrar Polinices, era justo fazê-lo, porque, na opinião da filha de Édipo, esse era um direito natural que lhe assistia. Com esta sua ação desafiadora, que incessantemente questiona os poderes coercivos de Creonte, assente em leis particulares que põem em causa valores universais e naturais, a jovem heroína tornou-se num modelo de contestação a todo e qualquer exercício de poder absoluto. Com base neste exemplum, propomo-nos estudar as diferentes formas como três autores portugueses (António Sérgio, Júlio Dantas e António Pedro) atualizaram este debate (nomos-physis) e este conflito (Creonte-Antígona), adaptando-os ao contexto sociopolítico do segundo e terceiro quartéis do século XX português, atravessados por uma longa ditadura.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/89431
ISBN: 978‑989‑26‑1839‑5 (PDF)
978‑989‑26‑1838‑8
DOI: 10.14195/978‑989‑26‑1839‑5_18
Rights: open access
Appears in Collections:Casas, património, civilização: nomos versus physis no pensamento grego

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