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https://hdl.handle.net/10316.2/46798
Title: | As mulheres entre a guerra e a paz: (1914–1920) | Other Titles: | Women between war and peace: (1914‑1920) | Authors: | Fernandes, Adília | Keywords: | Women;World War I;Intervention;Peace;Mulheres;I Guerra Mundial;Intervenção;Paz | Issue Date: | 2019 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/46793 | Abstract: | Women have always been far from war theatres.
Distant from political and military powers, as well as from
public decisions in general, they were only seen as mothers,
daughters, sisters, and girlfriends of the combatants. However,
with World War I, we see them providing their sustenance and
developing their work for society, occupying the emptiness left
by men. They appear in decision‑making
posts, in espionage,
in the wards of military hospitals, in ammunition factories, in
infrastructure works, «almost in the trenches». This intervention,
of patriotism and sacrifice, brought them remarkable achievements
towards the desired change of their condition, which
came to correspond to one of the most remarkable social marks
of the post‑war
period. At the same time, they organized to
support the victims and engaged in the construction of normality
and peace, with an important presence in the international
policies that aimed them. If this position brought together
everyone’s efforts at the end of the conflict, in the course of
their struggle some groups adopted militaristic and patriotic
rhetoric, shaking the traditional image of women as «angels of
peace». As mulheres estiveram, historicamente, relegadas para os espaços alheios ao teatro de guerra. Ausentes do poder político, ligado ao poder militar, bem como do campo das decisões públicas em geral, a elas pertencia, exclusivamente, o papel de mães, filhas, irmãs e namoradas dos combatentes. Contudo, com a I Guerra Mundial, vemo‑las a participar, ativamente, na sua sustentação e na da sociedade, ocupando o vazio deixado pelos homens. Aparecem em postos de decisão, na espionagem, nas enfermarias dos hospitais militares, nas fábricas de munições, em trabalhos de infraestruturas, «quase nas trincheiras». Esta intervenção, de patriotismo e de sacrifício, trouxe‑lhes assinaláveis conquistas em direção à desejada mudança da sua condição, o que passou a corresponder a uma das marcas sociais mais notáveis do pós‑guerra. Paralelamente, organizaram‑se para apoiarem as vítimas e empenharam‑se na construção da normalidade e da paz, com uma importante presença nas políticas internacionais que as visavam. Se esta posição congregou os esforços de todas no final do conflito, no seu decurso, alguns grupos adotaram a retórica militarista e patriótica, abalando a tradicional imagem das mulheres como «anjos da paz» e a convicção de o serem por natureza. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/46798 | ISBN: | 978-989-26-1632-2 (PDF) 978-989-26-1631-5 |
DOI: | 10.14195/978-989-26-1632-2_4 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | A Guerra e as Guerras Coloniais na África subsaariana |
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