Há algo de novo nos incêndios florestais?: ou as perplexidades de um leitor atento

Abstract

Os (grandes) incêndios que ocorreram em Portugal, em 2017, refletem uma alteração no risco e na percepção do risco de incêndios florestais? Houve sempre incêndios nas florestas no sentido de fogos fora de controlo. Mas será que os incêndios que ocorreram em Portugal entre 17 e 24 de Junho e entre 14 e 16 de Outubro assinalam um padrão diferente nas respectivas causas e propagação, intensidades, consequências e enquadramento social e político? Quais serão os impactos na percepção pública da segurança ou do risco? O autor procura nos media nacionais e internacionais e em relatórios técnicos respostas a estas perguntas.

Did the (major) fires that occurred in Portugal in 2017 reflect a change in the risk and perception of wildfires? There have always been forest fires in the sense of out-of-control fires. But do the fires that occurred in Portugal between 17 and 24 June and between 14 and 16 October signify a different pattern in their causes and propagation, intensity, consequences and social and political framework? What will the impacts be on the public perception of safety and risk? The author has searched in the national and international media as well as in technical reports for answers to these questions.