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https://hdl.handle.net/10316.2/44759
Title: | Villa romana do Rabaçal, Penela, Portugal: um centro de produção e residência áulica da Antiguidade Tardia no território da civitas de Conímbriga e das terras de Sicó: algumas considerações acerca da implantação da casa agrícola e da arquitectura das componentes da Villa e do fenómeno da monumentalização das quintas agrícolas romanas durante a Antiguidade Tardia, no âmbito do Projecto de Plurianual de Investigação Arqueológica (2014-2017) | Other Titles: | Roman Villa of Rabaçal, Penela, Portugal: a production centre and a palatial house of the Late Antiquity in the territory of the Ciuitas of Conímbriga and the lands of Sicó: some considerations about the establishment of the farm house and the architecture of the components of the Villa and the aggrandizement phenomenon of the Roman agricultural farms during the Late Antiquity, under the multi-annual Project of Archaeological Research (2014-2017) | Authors: | Pessoa, Miguel Fonte Mendes, Ana Luísa Ravara Simões, Elsa Vicente, Sónia |
Keywords: | Roman Villa of Rabaçal;Late Antiquity;architecture;Villa romana do Rabaçal;Antiguidade tardia;arquitectura | Issue Date: | 2018 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/44751 | Abstract: | Taking into consideration that the word Villa designates both an architectural
structure and a landholding structure, at least three architectural types of
Farm House or Pars Rustica of Western Roman Villae are known (Leveau, Buffat,
2008, p. 134-135).
The first type presents a regular plan, previously established, predominantly architectural,
with the production buildings adjacent to the centred plan residential construction
features, traditionally considered as characteristic of the Mediterranean area,
as it is the case of the Villa of Torre de Palma, Monforte, in the South of Portugal,
dated from the early 4th century AD. This Villa is organized around three patios (one,
constituted by the pars urbana, another, connected to the pars rustica, which in turn
is established around the third bigger patio). The second type, also considered architectural
work, taken as a model for in rure building plants of Northern Gaul, presents
non-contiguous agricultural buildings, despite being regularly arranged along a wide
rectangular patio. On one of the smallest sides of the rectangle, the Manor House of the Villa pontificates, in axial position, normally integrating the baths.
Therefore, if the non-contiguous distribution of buildings that make up the components
of the Villa of Rabaçal (Palace, baths, nucleus of springs, Farm House and
workshops of various professions), dated mid-4th century AD, resembles the pars
rustica model of the second type, it also seems to be especially linked to our following
reference, given that we are dealing with a joint construction plan, which, despite
being certainly very organized, is not confined to a geometrized scheme. In this
third model-type, constructions are irregularly divided, in different planes, in a space
which is not clearly demarcated and to which alternative paths and several crossings
converge to.
This temporary classification of site type and distribution of agricultural and residential
buildings derives, in many cases, from the fact that Villae were transformed into
luxurious residences devoid of facilities for agricultural production. Tendo em conta que a palavra Villa designava, ao mesmo tempo, uma estrutura arquitectural e uma estrutura fundiária, são conhecidos pelo menos três tipos arquitecturais de Casa Agrícola ou Pars Rustica das Villae do Ocidente romano (Leveau, Buffat (2008) 134-135). O primeiro tipo apresenta um plano regular, previamente estabelecido, eminentemente arquitectural, na medida em que as construções afectadas à produção são contíguas à construção residencial de plano centrado, tradicionalmente considerada como característica do espaço mediterrânico, como é o caso da Villa de Torre de Palma, Monforte, no Sul de Portugal, datada do início do século IV d.C. Esta Villa está organizada à volta de três pátios (um, reúne a pars urbana, outro, faz a ligação com a pars rustica, sendo esta implantada à volta de um terceiro pátio maior). O segundo tipo, igualmente considerado obra de arquitectura, tomado como modelo de plantas de construções in rure do Norte da Gália, apresenta as construções agrícolas não contíguas, ainda que dispostas de maneira regular ao longo de um largo pátio rectangular, sendo que num dos lados menores do rectângulo pontifica, em posição axial, a residência senhorial da Villa, integrando normalmente o balneário. Assim sendo, se por um lado a distribuição não contígua das construções que integram as componentes da Villa do Rabaçal (palácio, balneário, núcleo das nascentes, casa agrícola e oficinas de várias profissões), datada de meados do século IV d. C., se assemelha ao modelo de pars rustica do segundo tipo, ela parece sobretudo estar ligada ao que referenciaremos a seguir, dado estarmos perante um plano conjunto de construções, ainda que certamente muito organizado, que não se confina a um esquema geometrizado. Neste terceiro modelo-tipo as construções repartem-se, em diferentes planos, sem regularidade, num espaço que não é ele próprio claramente delimitado e ao qual confluem caminhos alternativos e diversos atravessamentos. Esta classificação provisória do tipo de localização e distribuição de construções agrícolas e residenciais tem origem no facto de, em numerosos casos, as Villae terem sido transformadas em luxuosas residências desprovidas de instalações para a produção agrícola. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/44759 | ISBN: | 978-989-26-1566-0 (PDF) 978-989-26-1565-3 |
DOI: | 10.14195/978-989-26-1566-0_8 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | História Antiga: relações interdisciplinares: paisagens urbanas, rurais & sociais |
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