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https://hdl.handle.net/10316.2/43311
Title: | O massacre de Lisboa de 1506 e o discurso de ódio antijudaico | Other Titles: | The Lisbon massacre of 1506 and the anti-jewish hate speech | Authors: | Voss, Rita Ribeiro | Keywords: | Massacre;Lisbon;anti-judaism;speech;hate;Massacre;Lisboa;antijudaísmo;discurso;ódio | Issue Date: | 2017 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Abstract: | O tema deste artigo é o Massacre de Lisboa de 1506 e o discurso de
ódio antijudaico que configurou a atuação dos cristãos portugueses
contra os chamados cristãos-novos. Naqueles dias, a insalubridade
urbana, a integração cultural e a política expansionista de D. Manuel
constituíram as condições adversas da vida em Lisboa, que se
expressaram como problema religioso, através de um sentimento
antijudaico acionado pelo discurso de ódio dos frades dominicanos.
As fronteiras identitárias portuguesas foram construídas no confronto
de forças sociais: de um lado o rei e a nobreza, e de outro a massa e o
baixo clero, que respetivamente protegiam e perseguiam os chamados cristãos-novos, o que resultou no delineamento de uma hierarquia
social com base na inferioridade étnica judaica. Em razão disso, o
artigo analisa os precedentes históricos e os tensionamentos políticos,
as condições de vida da Lisboa daqueles dias e os discursos de ódio,
acionadores do sentimento antijudaico na população, utilizando-se,
para a análise, de documentos da época, cartas, decretos de D. Manuel
e, preferencialmente, da crônica de Salomon Ibn Verga, além dos
panfletos da testemunha alemã do massacre. The theme of this article is the Lisbon Massacre of 1506 and the discourse of anti-Jewish hatred, which configured the action of the Portuguese Christians against the so-called New Christians. In those days, the urban insalubrity, the cultural integration and the expansionist policy of King Manuel formed the difficult conditions of life in Lisbon. But they found expression as a religious problem, an anti-Jewish sentiment driven by the discourse of hatred of the Dominican friars. The frontiers of Portuguese identity were built by the confrontation of social forces - the king and the nobility on the one hand, and the majority and the lower clergy on the other hand - which respectively protected and persecuted the so-called New Christians, thus delineating a social hierarchy based on ethnic Jewish inferiority. For this reason, the article analyses the historical precedents and political tensions, the living conditions of Lisbon in those days and the discourses of hatred, as triggers of anti-Jewish sentiment in the population, using historical documents, D. Manuel’s letters and decrees, and the chronicle of Salomon Ibn Verga and two accounts of a German witness of the massacre. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/43311 | ISSN: | 0870-0958 2183-8925 (PDF) |
DOI: | 10.14195/2183-8925_35_12 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | Revista de História das Ideias |
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