Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/42328
Title: Towards a critique of "Mental Translations"
Authors: Duarte, João
Keywords: translation;intercultural writing;postcolonial studies;African literature;translation as metaphor;tradução;escrita intercultural;estudos pós‑coloniais;literatura africana;tradução enquanto metáfora
Issue Date: 2017
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/42307
Abstract: In this paper I address critically what has become the mainstream view in the field of postcolonial translation regarding the nature of the African Europhone novel, which is described as intercultural writing. As the current theory goes, African Europhone novels are basically translations of orature into literature, i.e., specific elements of a native oral culture are literally “translated” into the European culture and language in which the novel is written (cf. Paul Bandia, Translation as Reparation, 2008). T his position is shown to be part of a wider tendency in the humanities to use the concept of translation metaphorically, that is to say, translation that does not involve language transfers from source texts. I claim that this move is disputable on logical and political grounds and will line up a few arguments that may help to discern what is damagingly at stake in the notion of translation without originals, in particular the risk of ending up with a monolingual global culture that makes it increasingly hard to experience otherness (cf. Harish Trivedi, “Translating culture vs. cultural translation”, 2005).
É propósito deste artigo examinar criticamente aquela que, na área da tradução pós‑colonial, se tornou na posição dominante no que diz respeito à natureza da narrativa africana redigida na língua do ex‑colonizador, aqui designada por escrita intercultural. De acordo com a teoria atual, estas narrativas não são senão traduções de oratura em literatura, ou seja, elementos específicos de uma cultura oral nativa literalmente “traduzidos” para a língua e cultura europeias em que a narrativa foi escrita (cf. Paul Bandia, Translation as Reparation, 2008). Pretende‑se demonstrar: 1) que tal posição faz parte de uma tendência mais geral nas humanidades para usar o conceito de tradução metaforicamente, isto é, tradução que não implica transferências entre línguas nem textos de partida, e 2) que essa tendência é criticável tanto do ponto de vista lógico como do político, segundo argumentação apresentada. Sublinha‑se em particular que um dos riscos envolvidos na noção de tradução sem original pode ser o de acabarmos por nos confrontar com uma cultura global monolingue e daí ser cada vez mais difícil apercebermo‑nos da alteridade do Outro (cf. Harish Trivedi, “Translating Culture vs. Cultural Translation”, 2005).
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/42328
ISBN: 978-989-26-1308-6 (PDF)
978-989-26-1307-9
DOI: 10.14195/978-989-26-1308-6_18
Rights: open access
Appears in Collections:The Edge of one of many circles: homenagem a Irene Ramalho Santos

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