The De Re Militari of Vegetius: how did the Middle Ages treat a late Roman text on war?

Abstract

O De Re Militari de Vegécio (c. 400 d.C.) tratava sobretudo da preparação para a guerra. Nos séculos seguintes, esta obra serviria diversos propósitos. No período carolíngio, foi saudada como um texto 'clássico' da maior importância, tanto por clérigos como por guerreiros, tendo posteriormente inspirado pensadores como João de Salisbúria e Gil de Roma (e, por seu intermédio, outros ainda), os quais se serviram das ideias de Vegécio para sublinhar o papel do exército e dos homens de guerra ao serviço do bem comum sob o comando apertado do príncipe. O De ReMilitari seria traduzido em diversas línguas, o que demonstra a sua popularidade e comprova a ideia de que teria ainda muito para oferecer aos seus leitores quase mil anos passados sobre a sua redacção. Encarado durante muito tempo como um manual comportando muitos ensinamentos acerca da prática da guerra, a verdadeira importância do tratado de Vegécio reside na sua ênfase na estratégia, e não na táctica. Por essa razão, a sua influência não se circunscreveu a nenhuma época ou lugar particular.

The De re militari of Vegetius (c. 400 A.D.) was chiefly concerned with preparation for war. In the subsequent centuries, it would serve many purposes. Welcomed in the Carolingian age as a major 'classical' text by both clergy and soldiers, it would later inspire thinkers such as John of Salisbury and Giles of Rome (and, through them, others) who used its ideas to underline the role of the army and the soldier in the service of the common good under the close command of the ruler. The text would be translated into several languages, evidence of its popularity, and of the opinion that it still had much to offer its readers almost a millennium after it was written. Long regarded as a manual with much to teach concerning the practice of war, its true importance lay in its emphasis upon strategy, not tactics. Its influence was therefore limited to no particular time or place.