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https://hdl.handle.net/10316.2/41345
Title: | Imprensa e conflito: narrativas de uma geografia violentada | Other Titles: | Press and conflict: narratives of violated geography | Authors: | Resende, Fernando | Keywords: | Press;conflict;representation;Palestine;Imprensa;conflito;representação;Palestina | Issue Date: | 2017 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Journal: | http://hdl.handle.net/10316.2/41340 | Abstract: | This article discusses issues related to the press, considering narrative as a problem and the Palestinian territory as a challenge. Its central argument is that the layers of stereotypes that today form the conflict need to be constantly dug, discussed and compared. From the conception of a historical-
cultural framework that now makes it possible to think of journalism by the relational paradigm, its main goal, less than a critique of the reductionism
to which the discourse of the press is submitted, is to contribute to a reflection about the power of narrative, particularly when considering the complexities inscribed in the so-called «long-term conflicts”. In the Palestinian territory, a violated geography, endless plots weave a conflict that happens, at least since the beginning of the 20th Century. A territory so cruelly devastated urges us to consider human experiences in a form much more complex and broader than the ones that build stereotypies, which are produced by the press in general. And it is the field of narrative studies
that make possible this reflection, whose purpose, above all, is to understand the complexity inscribed in the Palestinian territory as fundamental not only to make us understand some of the limitations of journalism, but also to evoke a reflection about ways to produce resistances through the use of language. From this perspective, this reflection takes the production of narratives as an aesthetic gesture that produces culture, which in the case of Palestine is an eminently political consideration. How the Israel/
Palestine conflict has been / can be narrated is thus an important question, once the problem faced in this article has it as a principle that leads us to understand how complex it is the insertion and configuration of subjects and powers within that territory. In this sense, through the analysis of an account produced by a Brazilian journalist traveling through Palestine, and by comparing it with other narratives in sites and in a documentary, this article highlights the importance of producing stories more attentive to the
political and cultural effects produced by that conflict; narratives that deal less with the event explanation itself, and more with the representation of its paradoxical and contradictory orders. Press narrative, this way, has a crucial role, it helps us to unravel the consequences and contradictions that the conflict produces, making us see the intricacies that it engenders. This article, therefore, takes on a political-aesthetic dimension, instances absolutely
amalgamated both in the press and in the world we know nowadays. Este artigo busca discutir questões relacionadas à imprensa, considerando a narrativa como um problema e o território palestino como um desafio. Seu argumento central é de que as camadas de estereótipos e os binarismos que hoje dão forma ao conflito precisam ser constantemente escavadas, debatidas e confrontadas. A partir da conceção de um quadro histórico-cultural que hoje torna possível pensar o jornalismo pelo paradigma relacional, seu objetivo principal, menos do que se deter a uma crítica sobre os reducionismos a que está submetido o discurso da imprensa, é contribuir para uma reflexão acerca da potência da narrativa diante, particularmente, das complexidades que regem os chamados «conflitos de longa duração”. No território palestino, uma geografia violentada, infindáveis tramas tecem um conflito que acontece, pelo menos, desde o início do século XX. Um território tão cruelmente devastado nos coloca diante de experiências humanas que precisam ser consideradas em um âmbito muito mais amplo e complexo do que a perspetiva que conforma as estereotipias que, de modo geral, são produzidas pela imprensa. E são os estudos da narrativa que tornam possível esta reflexão cujo propósito, além de tudo, é entender a complexidade que se inscreve no território palestino como fundamental não só para nos fazer compreender algumas das limitações do jornalismo, como também para viabilizar uma reflexão sobre as possibilidades de produção de resistências pela linguagem. Sob esta ótica, esta reflexão propõe o entendimento de que produzir narrativa é um gesto estético de produção de cultura, o que no caso da Palestina é uma constatação de caráter eminentemente político. Como tem sido/pode ser narrado o conflito Israel/Palestina é, portanto, uma pergunta relevante, pois o problema com o qual este artigo se defronta tem como princípio o que nos leva a compreender quão complexos são os modos de inserção dos sujeitos e dos poderes que naquele território se configuram. Nesse sentido, através da análise de uma reportagem, em forma de diário, produzida por uma jornalista brasileira que viaja pela Palestina, e da comparação com outras narrativas em sites e um documentário, este artigo salienta a importância da produção de narrativas mais atentas aos efeitos político-culturais que o conflito produz; narrativas que tratem menos do esforço de explicação do acontecimento propriamente dito, e mais da representação de ordens complexas e paradoxais que ali se inscrevem. É por este viés que a narrativa, através da imprensa, tem um papel crucial, ela nos ajuda a desvelar os desdobramentos e as contradições que o conflito produz, fazendo-nos ver os meandros que ele engendra. O olhar lançado neste artigo, portanto, assume uma dimensão política e estética, instâncias absolutamente amalgamadas tanto na imprensa como no mundo que hoje conhecemos. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316.2/41345 | ISBN: | 978-989-26-1323-9 978-989-26-1324-6 (PDF) |
DOI: | 10.14195/978-989-26-1324-6_4 | Rights: | open access |
Appears in Collections: | Narrativa e Media: géneros, figuras e contextos |
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