Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/40814
Title: A cidade de Deus e a cidade dos homens: génese de um paradigma
Other Titles: The city of God and the city of men: genesis of a paradigm
Authors: Toledo, Marleine Paula M. e F. de
Keywords: urbs;civitas;polis;kosmopolis;city of God;city of the men;highest good;dead;heaven;urbs;civitas;polis;cosmópole;cidade de Deus;cidade dos homens;sumo bem;morte;céu
Issue Date: 2016
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra
Annablume
Journal: http://hdl.handle.net/10316.2/40203
Abstract: This essay makes a comparative study of two works that treat poleis and kosmopoleis: The City of God by Saint Augustine, and Pauliceia dilacerada by Mario Chamie. Polis is the city; kosmos is the world. Kosmopolis may be understood as a big city, a global city, one that receives numerous and different people. In De civitate Dei, Augustine proposes the genesis of a paradigm for all the cities of the world, the poleis and kosmopoleis: the actual city, polis or urbs, contains two civitates, that is, two human societies. One is civitas hominum, the city of the men. It comprises men who live according to their own will; therefore it involves divisions, because each man or faction puts the highest good in a different “place”. Its end is death. Another is the civitas Dei, the city of God, which comprises the men who live according the will of God. Therefore it is univocal about the highest good and does not encompass divisions, because the will of God is only single and good. Its end is heaven. In the book Pauliceia dilacerada, the Brazilian and Paulista (i.e., from São Paulo) poet Mário Chamie “fictionalizes” a posthumous monologue reimagined as dialogue of a poet Mario de Andrade, likewise a Paulista, in which the point of reference is the city of São Paulo. In this four-handed poetic monologue, the two cities of the paradigm of Augustine are identified: the city of the men, in the real and lacerated Pauline city, and the city of God, in the potential Pauline city, the aspiration of the two Marios.
Este ensaio faz um estudo comparativo entre duas obras que tratam de poleis e cosmópoles: A cidade de Deus, de Santo Agostinho, e Pauliceia dilacerada , de Mário Chamie. Polis é a cidade. Kosmos é o mundo. Cosmópolis pode ser entendida como uma grande cidade, cidade mundial, que abriga gente numerosa e diferenciada. Em sua obra De civitate Dei, Santo Agostinho propõe a gênese de um paradigma para todas as cidades do mundo, poleis e cosmópoles: à cidade concreta –polis ou urbs - sobrepõem-se duas civitates, isto é, sociedades humanas. A primeira é a civitas hominum, cidade dos homens. É constituída pelos homens que vivem segundo sua própria vontade e, por isso, comporta divisões, uma vez que cada indivíduo ou facção coloca o bem supremo em “lugar” diferente. Seu fim é a morte. A segunda, civitas Dei, cidade de Deus, é constituída pelos homens que vivem segundo a vontade de Deus. Por essa razão, é unívoca a respeito do bem supremo, não abriga divisões internas, uma vez que a vontade de Deus é uma só e é boa. Seu fim é o céu. No livro Pauliceia dilacerada, o poeta brasileiro e paulista Mário Chamie “finge” um monólogo póstumo “dialogado” do também poeta e também paulista (aliás, paulistano) Mário de Andrade, em que o referente é a cidade de São Paulo. Nesse monólogo poético a quatro mãos, podem ser identificadas as duas cidades do paradigma agostiniano: a cidade dos homens, na Pauliceia real, dilacerada; a cidade de Deus, na Pauliceia possível, anseio dos dois Mários.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/40814
ISBN: 978-989-26-1279-9
978-989-26-1280-5 (PDF)
DOI: 10.14195/978-989-26-1280-5_7
Rights: open access
Appears in Collections:Pólis/Cosmópolis: identidades globais & locais

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