Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/39305
Title: O corpo como memória do pó da terra: uma leitura partir do Orto do Esposo
Authors: Henriques, Marisa das Neves
Keywords: Soul;Body;Contempt for the World;Paradise;Sin;Senses;Alma;Corpo;Desprezo do Mundo;Paraíso;Pecado;Sentidos
Issue Date: 2015
Publisher: Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património
Abstract: In the next lines we intend to analyze Orto do Esposo, a Portuguese medieval work, which mystical and philosophical roots point to a religious author, whose identity is still obscure. Despite not having a single miniature, neither arousing artistic interest, it is a work that, not unlike Bosch’s Garden of Earthly Delights (mentioned in this article), encompasses an image of the body that is not to be neglected. After an optimistic presentation of the heavenly space at the disposal of man, the narrative changes its path and tone, heading towards anthropological pessimism that is strongly connected to the memory of the disobedience of Adam and Eva towards divine recommendations. This leads to a raw, ruthless vision on the body, seen as an accomplice to sin and mundanity, which one will try to analyse, based on textual excerpts more significant on the light of a christian sensibility.
O Orto do Esposo, obra medieval portuguesa, de caráter místico e de teor teológico-filosófico, produzida por um monge cuja identidade ainda hoje se desconhece, é a obra que propomos trazer à reflexão nas próximas linhas. Apesar de não conter uma única iluminura nem de revelar aparentes motivos de interesse artístico, é uma obra que, à semelhança do Jardim das Delícias de Bosch, aqui evocado a certa altura, encerra uma imagética do corpo não negligenciável. Depois de apresentar otimisticamente o espaço edénico colocado à disposição do homem, a narrativa muda o seu curso e o tom de escrita, enveredando por um pessimismo antropológico estreitamente ligado à lembrança da desobediência de Adão e Eva às recomendações divinas. Daqui decorre uma visão crua e impiedosa do corpo, cúmplice do pecado e da mundaneidade, que tentaremos analisar com base em excertos textuais mais significativos e à luz da sensibilidade cristã.
URI: https://hdl.handle.net/10316.2/39305
ISSN: 2182-844X (digital)
DOI: 10.14195/2182-844X_2_10
Rights: open access
Appears in Collections:digitAR: Revista Digital de Arqueologia, Arquitectura e Artes

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