Cor, natureza e conhecimento: no curso aristotélico jesuíta conimbricense (1592-1606)

Abstract

Unified by the theoretical and hermeneutical arch that links physics to metaphysics, the three subjects here analysed, belonging to the famous Commentarii Collegii Conimbricensis Socíetatis lesu (1592-1606) - colour, nature and knowledge - strike the reader by their modernity. The first, reveals Coimbra productivity, regarding Manuel de Góis' theory of colours, so similar to Goethe's; the second, underlines ali the aesthetical possibilities the Coimbra Commentaries may confer to some theoretical domains as anthropology, cosmology or even science; lastly, after studying a theological theme that pertains to the doctrine of the knowledge, "separation", to the reader is proposed a surprisingly interpretation: the Cartesian tone ofthis precise theme.

Unificados pelo arco teórico e hermenêutico que liga a física à metafísica, os três temas dos célebres Comentários do Colégio Conimbricense da Companhia de Jesus (1592-1606) - cor, natureza e conhecimento - revelam a surpresa da sua modernidade filosófica: sobre o primeiro tema,' evidenciando a insuspeitada ... produtividade da teoria conimbricense, haja em vista a semelhança entre as doutrinas de Manuel de Góis e as de Goethe, a respeito das cores; sobre o segundo tema, estudando as várias aceções de "natureza" e, por isso, promovendo a valorização de uma preponderância estética nos domínios da antropologia, da cosmologia e até da ciência; finalmente, sobre o último tema, demonstrando a inesperada surpresa de uma problemática teológica, a separação do conhecimento, poder comparecer devidamente adaptada na revolução de Descartes.