Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316.2/36448
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dc.contributor.authorMatos, Sérgio Campos-
dc.date.accessioned2015-04-17T09:25:41Z
dc.date.accessioned2020-09-24T05:13:39Z-
dc.date.available2015-04-17T09:25:41Z
dc.date.available2020-09-24T05:13:39Z-
dc.date.issued2010-
dc.identifier.issn1645-3530-
dc.identifier.issn1647-8622 (digital)-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316.2/36448-
dc.description.abstractDas invasões francesas (1807‑1811) à actualidade, o tópico do fim da pátria tornou-se muito comum entre os intelectuais portugueses. Como compreender a sua atracção por esta problemática, quando relacionada com a existência das nações e dos estados, num tempo de secularização e laicização dessas mesmas sociedades? A referência à possibilidade do fim da pátria sempre se prendeu com a consciência de crise e das dificuldades em vencer os problemas com que a nação se foi confrontando, dos anos de tutela estrangeira à perda do Brasil, passando pelas dificuldades económicas e financeiras e pelas ameaças externas sobre a metrópole ou sobre os territórios ultramarinos. Por outro lado, inscreve-se, não raro, num muito difundido biologismo social que, em termos deterministas, antecipa o futuro, dramatizando a catástrofe iminente. A figuração da morte da nação exprime uma sensibilidade apocalíptica que anuncia um fim próximo. Mas transporta também uma intencionalidade de reinício e ressurgimento – quando não de revolução social e política. Esta aspiração de renascença correspondia afinal às expectativas do homem moderno, dividido entre o mundo tradicional e o novo mundo saído das transformações da Revolução Industrial. Pretende compreender-se como numa nação periférica, especialmente nos finais do século XIX e princípios do século seguinte, as suas elites dramatizaram a existência da monarquia, da pátria, da nação, do século, do mundo – como se esse fim anunciado fosse a condição para a renovação. Processo adoptado também por outros intelectuais europeus – caso dos chamados regeneracionistas em Espanha. E embora Portugal não tenha sido, a este respeito, caso único, talvez se possa admitir que a voga do tópico Finis Patriae se tenha agitado até mais tarde do que noutras nações, até mesmo ao presente.por
dc.description.abstractDepuis les invasions françaises (1807-1811) jusqu’à présent, le thème de la fin de la patrie est devenu très commun parmi les intellectuels portugais. Comment comprendre leur attraction par cette problématique, lorsqu’elle concerne l’existence des nations et des états, à une époque de sécularisation et laïcisation de ces sociétés? La référence à la possibilité de la fin de la patrie a toujours été liée à la conscience de la crise et des difficultés à surmonter les problèmes auxquels la nation se confrontait, des années de la tutelle étrangère à la perte du Brésil, en passant par les difficultés économiques et financières et les menaces extérieures sur la métropole ou sur les territoires d’outre-mer. D’autre part, il s’encadre, pas rarement, dans un biologisme social largement diffusé qui, en termes déterministes, anticipe l’avenir, dramatisant la catastrophe imminente. La figuration de la mort de la nation exprime une sensibilité apocalyptique qui annonce la fin proche. Mais il exerce aussi une intentionnalité de recommencement et de résurgence – quand pas de révolution sociale et politique. Cette aspiration de renaissance correspondait aux attentes de l’homme moderne, partagé entre un monde traditionnel et un monde nouveau, émergé des transformations de la Révolution Industrielle. Nous cherchons à comprendre comment, dans une nation périphérique, surtout à la fin du XIXe siècle et début du siècle suivant, ses élites avaient dramatisé l’existence de la monarchie, de la patrie, de la nation, du siècle, du monde – comme si cette fin annoncée était la condition pour la rénovation. Processus adopté également par d’autres intellectuels européens – le cas des soi-disant régénérationistes en Espagne. Et bien que le Portugal n’était pas, à cet égard, le seul cas, on peut éventuellement, admettre que la vogue du thème de Finis Patriae a été agité jusqu’à plus tard que dans les autres nations, ou même jusqu’à présent.fra
dc.description.abstractSince the French invasions (1807-1811) until now, the theme of the end of the nation became very common among Portuguese intellectuals. How to understand their attraction towards this problematic, when related with the existence of nations and states, in a time of secularization and laicism of these same societies? The reference to the possibility of the end of the nation has always been connected with the conscience of crisis and the difficulties in surpassing the problems with which the nation was faced, of the years of foreign tutelage to the loss of Brazil, passing through economic and financial difficulties and the external threats on the metropolis or on foreign territory. On the other hand, it is not rarely inserted in a widely diffused social biologism which, in determinist terms, anticipates the future, dramatizing the imminent catastrophe. The figuration of the death of a nation expresses an apocalyptic sensibility which announces the close end. But it also carries an intentionality of a new beginning and resurgence – when not of social and political revolution. This aspiration of rebirth corresponded to the expectations of the modern man, divided between a traditional world and a new world born from the transformations of the Industrial Revolution. We aim to understand how, in a peripheral nation, especially at the end of the 19th Century and beginnings of the following century, the elites dramatized the existence of the monarchy, the country, the nation, the century, the world – as if this end which was announced was the condition for renovation. Process adopted also by other European intellectuals – the case of the so-called regenerationists in Spain. And, although Portugal was not, in this respect, the only case, maybe it can be admitted that the vogue of the theme of Finis Patriae was agitated until later on than other nations, until even the present.eng
dc.language.isopor-
dc.publisherImprensa da Universidade de Coimbra-
dc.subjectNation-
dc.subjectFinis Patriae-
dc.subjectCrise-
dc.subjectDégénérescence-
dc.subjectRégénération-
dc.subjectMessianisme-
dc.subjectNationeng
dc.subjectFinis Patriaeeng
dc.subjectCrisiseng
dc.subjectDegenerescenceeng
dc.subjectRegenerationeng
dc.subjectMessianismeng
dc.subjectNaçãopor
dc.subjectFinis Patriaepor
dc.subjectCrisepor
dc.subjectDegenerescênciapor
dc.subjectRegeneraçãopor
dc.subjectMessianismopor
dc.titleFinis Patriae e consciência de crise no Portugal contemporâneopor
dc.title.alternativeFinis Patriae and the conscience of crisis in contemporary Portugalpor
dc.title.alternativeFinis Patriae et la conscience de crise au Portugal contemporainpor
dc.typearticle-
uc.publication.collectionRevista Estudos do Século XX nº 10-
uc.publication.firstPage359-
uc.publication.issue10-
uc.publication.lastPage384-
uc.publication.locationCoimbra-
uc.publication.journalTitleRevista Estudos do Século XX-
dc.identifier.doi10.14195/1647-8622_10_21-
uc.publication.sectionCrise ou renovação do republicanismo?-
uc.publication.orderno22-
uc.publication.areaCiências Sociais-
uc.publication.manifesthttps://dl.uc.pt/json/iiif/10316.2/36448/239201/manifest?manifest=/json/iiif/10316.2/36448/239201/manifest-
uc.publication.thumbnailhttps://dl.uc.pt/retrieve/11607290-
item.fulltextWith Fulltext-
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