Subvenções para os municípios: um novo modelo de equilíbrio financeiro

Abstract

Este artigo tem por objectivo analisar criticamente o novo sistema de equilíbrio financeiro dos municípios portugueses, hipoteticamente operado através de dois fundos (Fundo Geral Municipal e Fundo de Coesão Municipal) e desenvolver uma metodologia alternativa para o cálculo destas subvenções. Na primeira parte discute-se a filosofia global dos sistemas de equilíbrio financeiro e, à luz deste quadro teórico, desenvolve- -se a crítica ao actual modelo de subvenções. Numa segunda parte desenvolve-se uma metodologia alternativa, mais consis- tente com os objectivos de equilíbrio financeiro e de transparência e flexibilidade do sistema fiscal. Num ponto final apresentam-se as vantagens e limitações desta nova metodologia.

Cet article se propose d'analyser de manière critique le nouveau système d'équilibre financier des municipalités portugaises, hypothétiquement mis en place par l'intermédiaire de deux types de fonds (Le Fonds Général Municipal et le Fonds de Cohésion Municipal) et de développer une méthodologie alternative pour le calcul de ces subventions. Dans une première partie, on discute la philosophie globale du système d'équilibre financier et, sous l'éclairage de ce tableau théorique, on développe la critique du modèle actuel de subventions. Dans une seconde partie, on met en place une méthodologie alternative, plus consistante au niveau des objectifs d'équilibre financier ainsi que de transparence et de flexibilité du système fiscal. Finalement, on présente les avantages et les limitations de cette nouvelle méthodologie.

The purpose of this paper is to analyse critically the new design of intergovernmental grants to Portuguese municipalities, supposedly operated through two distinct funds (a General Fund and a Cohesion Fund) and to develop an alternative methodology of grant design. In the first part of the paper we suggest a general framework to appraise intergovernmental grants in general and to criticise the current Portuguese system. In a second part a new alternative methodology is explained, which we believe is more consistent with the transparency and flexibility of the fiscal system. Finally, advantages and shortcomings of the new methodology are addressed.